foto por Tito Ferradans.
Pois beeem, e no domingo retrasado, dia 02 de Novembro, foi a quase-famosa Zombie Walk São Paulo. Pra quem não sabe:
Zombie Walk é um movimento público organizado por um grande grupo de pessoas nas quais se vestem de zumbis. Geralmente caminhando ou correndo por grandes centros urbanos, os participantes organizam uma rota através das ruas da cidade, passando por shoppings, parques e outros locais com grande público.
(definição da Wikipedia)
É um evento que acontece também em outros locais do mundo. Mais curiosidades na Wikipedia ou perguntem pro deus Google.
Estive presente na do ano passado como enfermeira (oh! Que novidade...) ensangüentada dos pés à cabeça e divulgando o então novo número da CÃO em que o tema era zumbis. Foi extremamente divertida, as pessoas que lá estavam além de criarem fantasias muitos boas e algumas inusitadas, me pareciam realmente fãs de filmes de terror B.
O Projeto
O ano se foi e cá estamos no segundo semestre de 2008. Estou cursando uma matéria de Modelagem (uma “optatória” do meu departamento) e no meio das aulas, nos foi ensinado como podemos tirar moldes de nossos próprios rostos. O tal modo utiliza gesso, etc, e muita gente já deve ter feito no colégio com jornal, não é nada assombroso (e eu não vou me ater à estes detalhes). Acontece que eu gostei muito da idéia e vi que poderia aproveitar isto de alguma maneira.
Depois de muito matutar e ter como referências Silent Hill (que praticamente rege parte do meu imaginário), o doentíssimo serial killer Ed Gein (que pra quem não sabe matava mulheres e as escalpava criando abajures e vestimentas) e principalmente o clássico Leatherface do O Massacre da Serra Elétrica (o original e o remake, que ficou bom SIM), resolvi criar minha própria versão de enfermeira (uau, eu nem gosto de enfermeiras!).
Vendo a vestimenta do Leatherface, achei bom fazer não só uma máscara feita da pele de um outro rosto só que também um avental personalizado. Feito de peles humanas, oh weeeeh /o/!
Desenvolvendo – “escalpando pessoas”
Tendo o projeto em mente, apresentei para a professora pedindo para que eu não precisasse me dedicar à aprender novas técnicas, que pudesse desenvolver mais esta pela qual optei explorando novos caminhos e, que quando terminasse a roupa, não fizesse uma “performance” na faculdade, porém na Zombie Walk – afinal eu prefiro pagar mico junto com muitas outras pessoas do que sozinha pra meia dúzia de pessoas (não que eu já não tenha feito isto...). Sem contar que o cenário fica bem mais interessante! Tudo com a promessa de fotos, e etc.
Isto me tomou mais ou menos 2 meses: concluí a idéia e comecei a trabalhar nos moldes em Setembro, apresentei o projeto no início de Outubro e terminei só na última semana de Outubro – na mesma da Zombie Walk. Foi um processo longo pq o material que usei demora de 2/3 dias para secar, porém para que a máscara do rosto fique boa, é preciso que eu fique com ela em mãos mexendo no material líquido – o que toma em torno de 2/3 horas. O horário para fazer isto era só durante as aulas, então não pude deixar escapar nem um instante e planejar tudo para que não houvesse perdas (o que aconteceu).
Depois do 3º exemplar do meu rosto, o molde começou a ruir (era de gesso, lembra) e por sorte minha cara colega Camilla cedeu-me o molde do rosto dela :D. Sem isso eu estaria frita, muito obrigada Cá ;*!
Peles prontas, hora de preparar a roupa ^___^.
Montando a roupa
O problema do material que usei é que ele fede. Fede mesmo! É resistente pacas, mas o cheirinho...uma vez tudo pronto e em casa, foi hora de cortar os pedaços e juntá-los aleatoriamente.
Costuracosturacostura.
Agora temos de maquiá-los. Sim! Sr. Bruno Mitsuo por sorte me contou que o material aceita maquiagem muito bem, então lá fomos nós – criando “hematomas”, locais de apodrecimento, avermelhando, realçando detalhes, entre outros.
Maquiagem de base pronta, vamos aplicar a primeira mão de sangue e outros efeitos :D. Aí a coisa começou a ficar prazerosa! Pintar sangue sempre me acalma (e eu estava tendo um dia dos infernos), é in-crí-vel. O maior tesão da noite foi ver pelas fotos que os pedaços realmente pareciam pedaços de carnes.
É pena que o sangue falso seca e perde um pouco do impacto. Coloquei ataduras para pendurar o avental no pescoço e amarrar na cintura.
Já a roupa (vestimenta de pano) foi mesma da primeira vez que fui de enfermeira na ZW, porém suja ao extremo, pois quando coloquei o avental na primeira vez percebi que o branco atrapalhava muito, então deixei tudo mais amarelado e sujo como uma boa enfermeira deve ser. Sim, kudos ao Silent Hill.
Tudo pronto!
No dia da ZW apliquei o sangue falso no corpo, me sujei de tinta até não agüentar mais e lá fui eu rumo à Paulista.
Neste ano parecia que havia muito mais curiosos do que zumbis. Claro que isto é legal, pq parece que o evento está ficando mais famosinho, porém...eu não quero dar uma de velha chata, mas realmente não achei tão divertida quanto da outra vez. É claro que muita gente discorda de mim, mas esta é minha experiência e ponto.
Choveu como no ano retrasado, mas o que causou confusão foi o percurso estabelecido. Ano passado saímos do vão do MASP e andamos até a Augusta, descendo a mesma rua rumo à uma baladinha no Outs. Este ano (como se pode ver no site) eles caminharam até a Consolação, desceram uma parte e foram à Augusta para uma festa no Inferno (piada-pronta). Neste percurso, muita gente saiu da caminhada ou por não saber onde todos iam ou por causa da chuva.
E sem comentários sobre os arruaceiros balançando carros alucinadamente. Brincadeira tem limite. Consumo de álcool mais ainda.
Em comparação com o ano passado, a minha fantasia estava obviamente bem mais estranha, o que foi legal pq o pessoal não me olhava direito. Primeiro olhavam com um ar de espanto e depois evitavam me encarar. Acho que a falta de expressão e por não saberem se eu estou rindo ou não deixou algumas pessoas desconfortáveis =D.
Agora é apresentar nesta quarta-feira, espero conseguir uma boa nota.
Algumas fotos da ZW
by Tito Ferradans.
by Guilherme Freire.
by Guilherme Freire.
by Guilherme Freire.
by F. Mafra.
Para mais fotos da Zombie Walk, acessem o Flickr (vale a pena):
Flickr da Zombie Walk São Paulo
47%
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47%...pq eu não sei usar um revólver e não tenho muitos enlatados no armário...
5 Survivor(s):
hahahaha eu vi uma foto no omelete, fiquei em dúvida se eras tu! hahahah excelente!
pena que não é zumbi, é serial killer ;(
mas tá valendo, bem melhor do que as pessoas fantasiadas de góticas =P
E RESPONDE MEU E-MAIL, PO. quero planejar minhas férias =D
Se, por acaso, alguém der um choque nessa roupa, ela sai andando e eis que, sem perceber, estavmos dentro de um romance da nossa querida Mary Shelley, vivendo as aventuras da família Frankenstein. Cuidado Camila, se essa monstra resolver que precisa de um príncipe, não pretendo bancar o cientista... Acuso você sem pestanejar!
Arrá!
Descobri o destino dos moldes que estava fazendo aquele dia! ;D
*caindo a ficha*
Parabéns!
E o povo lá de casa ainda diz que eu que sou esquisito...
Tive eZatamente a mesma porcentagem!
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